terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O jogador

Me viro. Reviro o que tenho de certo ao avesso. Uso de ponto final, paragrafo o que vem de novo. Me virar. Há dias o sol não vem e sinto que as nuvens algo têm a dizer. Três cartas na mão, nenhuma na manga de meu corpo nu, sem pensamento forte, imutável. Então me faço de rei neste munto de quatros sem valor. Paus. Pausa. Esperança no que já deveria ser. Controlado por um imperador de toda minha historia, o qual nem posso dar-lhe nome, é mistura, é controle de pensamentos pequenos de grande potência. Corroê. Destrói. Constrói o que não existe, quem somos. Nós, é o que entala na garganta. E que reviva minh'alma em natureza, e que viva, mesmo que não saiba quem sou. E jogarei as cartas na mesa, e mesmo que cause espanto e os jogadores afastem, mostrarei o que guardo colado ao peito, e mesmo que nada valha, mesmo que perca o jogo, saberei quem é o jogador.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Dó-começo

Si entrar na loucura da sanidade, da completa razão nunca alcançada. Comparar-me a quem sabe e ser copia do que não existe. Mascarar-mi ou me apresentar para a grande platéia em carne viva, já não é objetivo desde que o açúcar não é doce e cada litro d’água do mar viera pesar meu corpo e em cada gota, turbilhões de pensamentos. Então, esfumaço o meu passado, liberto. E ai, tomo nova forma, ré-começo de onde quiser, retomo idéias, me organizo, Fáço outros caminhos. E assim, passo a desvendar os rios e lagos, cada poço em sua vez, lá poderá ser mais leve. Ou póstumo eu saberei o meu lugar. Sol.